Massarandupió está no meio de uma importante região de desova das 4 espécies de tartarugas marinhas que vêm à Bahia, sendo uma das mais importantes áreas, por não ser urbanizada. Esta desova acontece entre setembro e março, todos os anos, quando a comunidade recebe um estagiário que vai passar toda a primavera e o verão fixado na localidade para supervisionar todo o processo, que no período 2001/2002 atingiu cento e cinquenta desovas, sendo que cada ninho abriga uma média de cento e vinte ovos, dos quais cerca de oitenta tartaruguinhas nascem e correm direto para o mar, em cinquenta dias.
De cada mil novas tartaruguinhas que fazem sua entrada no mar, apenas uma a duas vão chegar à idade adulta, o que é considerado um número absolutamente normal para o equilíbrio ecológico.
O Tamar, acima de tudo, busca com razoável sucesso evitar a depredação humana, excetuando-se a pesca predatória, sobre a qual não conseguem agir, em que os barcos esticam enormes redes que acidentalmente aprisionam tanto tartarugas, como golfinhos e baleias, animais que precisam vir à tona para respirar, e que por isso desmaiam e logo morrem afogados, problema que só tem feito aumentar nos últimos vinte anos.
Na praia, o maior predador é a raposa, que fuça os ninhos para se alimentar dos ovos, destruindo mais do que pode comer.
Para minimizar este problema, os agentes do Tamar localizam todas as madrugadas as desovas, apagam os rastros, abrem o ninho para identificar a espécie, contar os ovos e relocá-los, o que engana os predadores que farejam a placenta derramada pelas tartarugas na postura. Depois, colocam uma tela plástica de malha suficientemente grande para a saída dos recém nascidos, mas que evita a ação das raposas, voltando a cobrir tudo logo após com a areia e colocando uma plaqueta identificadora, para monitorar o ninho até o nascimento.
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