sábado, 12 de novembro de 2011

TUDO O QUE VOCÊ PRECISA QUE ELE SAIBA PARA SE TORNAR O HOMEM DE SEUS SONHOS

como é fácil ser feliz...
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© 2010 – Roberto Marques Soares
Todos os direitos reservados.
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Capa, diagramação e ilustrações:
Roberto Marques Soares
Revisão:
Sérgio de Senna
Maria Hedonéia S. Bonafé
Soares, Roberto M., 1952
Tudo o que você precisa que ele saiba, para se tornar o homem de seus sonhos – Como é fácil ser feliz / Roberto Marques Soares – Salvador, 2008
. –(Tudo o que você precisa que ele saiba, para se tornar o homem de seus sonhos; v.1)
1. Auto-conhecimento. 2. Sensualidade. 3. Educação Sexual. I. Título.



DEDICATÓRIA
Dedico este livro a três mulheres incríveis:
Minha mãe, dona Amélia, que viveu por cinquenta anos um casamento conturbado e difícil com um homem de caráter, honorável causídico, porém perfeito troglodita na arte de amar.
Minha filha, Renata, que é uma mulher fantástica de mente aberta e grande caráter, lutadora e maravilhosa mãe, que me deu Katharina e Mariana, as minhas incríveis netas.
Minha amiga Nelma Penteado, a mulher mais sábia do universo, grande escritora e professora nas artes do amor, que sabe como ninguém fazer seu marido feliz por fazê-la feliz e, mesmo à distância, deu-me inestimável apoio e incentivo numa das fases mais difíceis de minha vida. Muitíssimo obrigado, Nelma.

AGRADECIMENTOS
Aos maravilhosos amigos
Prof. Sérgio de Senna, de Salvador,
pelo apoio, incentivo e paciência,
além da revisão do texto;
À incrível amiga
Profª. Hedonéia S. Bonafé, de Campinas,
pela paciência e revisão do texto;
À maravilhosa amiga e alma gêmea
Ângela Dabush, também de Salvador,
por todo o apoio, incentivo e paciência.

PREFÁCIO DE UMA MULHER FELIZ
Quando eu e meu marido Cássio reencontramos Roberto num jantar na casa de amigos comuns, três meses atrás, depois de quase dois anos sem nos vermos, ele nos contou que estava terminando este livro e que iria iniciar, com ele, uma série de palestras para o público feminino, visando subsidiar minhas belas congêneres com argumentos e dicas para transformarem suas feras em amorosos companheiros.
Ficamos logo encantados com a ideia e eu disse a ele que fazia questão de ver incluído nele meu depoimento. Estou muito orgulhosa por minha proposta ter sido aceita e certa de que minhas palavras servirão de incentivo a mulheres que vivem relações infelizes, sem saber que com um pouquinho de sabedoria e boa vontade, podem ser felizes e conviver com harmonia, alegria e, porque não dizer, tesão.
Eu estava casada havia nove anos com Cássio, quando conheci Roberto numa feira de ecoturismo no Centro de Convenções da Bahia, aqui em Salvador, em meados do ano 2000.
Meu casamento era um desastre quase total. Eu chorava muito, sozinha, todos os dias. Acreditava que já não havia muitas chances de mantermos a união, da forma como íamos. Tínhamos nos conhecido no cursinho pré-vestibular, em 1987, foi uma paixão avassaladora. Nos apoiávamos nos estudos, namorávamos muito, vivíamos juntos para cima e para baixo.
Eu não tinha muita experiência sexual, achava o máximo a maneira como Cássio me tratava e estava certa de que ele era o homem de minha vida.
Nos casamos em 1991, Cássio já estava empregado com um razoável salário e nossos pais entraram com mesadas até que estivéssemos formados e podendo nos sustentar sozinhos.
Durante os dois primeiros anos, posso dizer que nossa alegria juntos ainda era a mesma dos tempos de namoro, mas, depois disso, a sensação era de brasas se apagando aos poucos. Por volta de 1999, já parecíamos dois estranhos coabitando por obrigação, talvez necessidade, sei lá.
Eu prestava serviços para uma ONG que atua em causas ecológicas e participei da feira no centro de convenções. Lá havia um estande que despertava especial interesse nos visitantes. Era de uma agência de viagens que promovia pacotes receptivos para a localidade de Massarandupió, na Linha Verde, litoral norte de nosso estado, onde a prefeitura local mantém uma reserva naturista de dois quilômetros na praia.
Roberto era co-administrador desta reserva. Ele também mantinha lá uma barraca de petiscos e bebidas, onde preparava, entre outras batidas porretas, a mais divina piña colada que já tomei. Além disso, ele é pintor corporal premiado e reconhecido internacionalmente, um tipo de arte que usa a pele como tela – tipo a globeleza da TV.
Durante as quatro noites em que durou o evento, Roberto fazia suas pinturas sobre os corpos nus de duas modelos, causando grande furor e sucesso. Repórteres e câmeras os assediavam e o público aceitava a nudez das moças com razoável civilidade, não vi nenhuma reação negativa. Na terceira noite, fascinada pela beleza dos trabalhos, me aproximei dele para perguntar sobre as tintas. Ele foi muito gentil e solícito, fui também perguntando sobre o naturismo e, quando vi, já éramos amigos.
Na noite seguinte, quando me dei conta, já estava contando sobre os dissabores de meu casamento. Não entendia bem porque o fazia, mas ele me fez sentir confiança, passava uma serenidade e sabedoria que me deixou à vontade. Contei que amava meu marido, mas sentia que não havia muitas probabilidades do casamento seguir adiante.
Roberto me deu muitos conselhos, me fez reconhecer meus próprios erros e, melhor ainda, ajudou-me a listar as atitudes que eu gostaria que Cássio tivesse para recuperarmos a alegria em nossa relação. Adorei, senti renascerem minhas esperanças. Depois, aconselhou-me a, bem de mansinho, “comendo o mingau pelas bordas” – como ele mesmo disse, buscar um diálogo com Cássio, para debatermos sobre o tema.
Amadureci as ideias e consegui convencer meu marido a conversarmos. Aos poucos, com certa dificuldade, ele foi reconhecendo que tínhamos nos descuidado de nossa relação. Que tínhamos deixado de regar as flores de nosso amor. Foi tiro e queda. Voltamos a sair para jantares a dois, para dançar, para a praia. O tesão voltou, a alegria se restabeleceu, pra nunca mais se acabar.
Neste ponto, senti que era o momento de contar a ele sobre meu “terapeuta”, queria que Cássio também o conhecesse, tinha vontade de agradecer. Falei também sobre a praia de naturismo, tive coragem de confessar que gostaria de experimentar. Aí foi a vez dele me surpreender. Cássio ficou alucinado, quis ir até lá no fim de semana seguinte e foi muito bom.
Confesso que no início pintou um aperreio danado. Na hora de tirar o biquíni, minhas pernas tremeram, gelei, devo ter ficado mais branca que uma vela. Dez minutos depois, nem eu, nem Cássio, queríamos nos vestir nunca mais. Fizemos muitos amigos lá, nos tornamos “habitués”.
Nestes anos, convivendo com Roberto lá na praia, conhecemos vários casais que ele ajudou a se redescobrirem. Infelizmente, para os frequentadores de lá, mas não para todo o restante de nós viventes, há dois anos ele deixou a praia para dedicar-se inteiramente a este trabalho como consultor em comportamento afetivo.
Agora, é sua vez amiga, de voltar a ser feliz e não deixar mais a alegria sair de sua vida. Faça também sua auto-análise com a ajuda das dicas deste mestre; liste suas carências, depois, com jeitinho, convença seu amado a ler este livro e esforçar-se para reacender a paixão.
Mas não vá desistir fácil da luta, que certamente será bem árdua, porque os homens têm uma resistência imensa a mudanças e, principalmente, não gostam de admitir erros.
Boa sorte!
Marília



COMO SER FELIZ COM SUA COMPANHEIRA

introdução
Você, meu amigo, já deve ter se questionado alguma vez sobre a razão pela qual era doido por aquela garota, fazia qualquer coisa para que ela o notasse e admirasse; conseguiu, namoraram, apaixonaram-se, casaram ou foram morar juntos; mas, após alguns anos, todo o encanto se quebrou, vieram as brigas, a monotonia, a incompreensão.
Hoje você fica maluco quando vê uma garota qualquer passando na rua rebolando o traseiro; mas olha para sua companheira como se visse uma baranga. Chega em casa e invariavelmente encontra encrenca, problemas trazidos a seu conhecimento por uma mulher ranzinza, mal vestida, de cabelos desgrenhados e unhas maltratadas, cheirando a gordura, cebola ou água sanitária.
Pior ainda (será possível?), se você passa os dias coçando a testa, examinando-a no espelho, imaginando se sua mulher anda tão bem arrumadinha e produzida é para encantar aos outros, se ela pode estar tendo um caso, se é exibicionista, sedutora, uma diaba filha da mãe, que não é digna de você. 

CONTINUA... 
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LEIA AQUI ALGUNS TRECHOS DO RESTANTE DO LIVRO: 


... Lembre-se, você a admirou tanto que a desejou, quis compartilhar sua vida com ela. Se não foi cego, se não se precipitou na avaliação dela como futura companheira, se não sofreu uma decepção violenta por ela ter sido boa atriz, tendo mantido uma boa encenação até chegar ao casamento, então alguma coisa não se encaixa, algo aconteceu e pode ter sido em você.
Pense nela, pense nas coisas que o atraíram mais, na beleza, na altivez, na determinação, na inteligência, na firmeza de caráter, na obstinação, na sensatez, na coerência, na disposição, na cama. Ah, sim, na cama. Lembre-se de como desvelou seu corpo, da vivência toda daquele momento, da sensação de penetrá-la pela primeira vez, dos primeiros orgasmos, dela e seus. 

... Uma amiga a aconselhou a voltar a cuidar-se melhor, convenceu-a a frequentar o salão de beleza e a vestir-se com mais esmero. Não deu outra, na rua, com Luís andando à sua frente, passou a notar os olhares, as piscadelas, a malícia das sutis abordagens dos outros homens por quem passava.
Começou a pensar muito naquilo e acabou concluindo que o marido não a amava mais, que não se interessava, que nem fazia por merecer transar com ela à noite. Não demorou muito até que um gavião insistente conseguisse quebrar as defesas da presa e a abatesse com tanta avidez, que Flávia não quis mais parar de ser abatida pelos predadores de plantão.

...  Jaime, primo de Orlando, meio bronco, era casado havia alguns anos com uma médica, Priscilla, que além de cientista muito dedicada, é mulher dotada de belíssimos atributos físicos. No princípio, ela vinha contar-lhe com orgulho sobre suas descobertas e êxitos, mas ele mal lhe dedicava um simples “parabéns” e mudava de assunto, ou encerrava a conversa para assistir ao telejornal.
Aos poucos, ela foi deixando de lhe falar sobre sua vida profissional. Ao contrário de seu marido, um médico que trabalhava em sua equipe elogiava e festejava cada situação positiva experimentada pela colega, que foi se acostumando com isto e logo estava aceitando seus convites para celebrações especiais como jantares em restaurantes charmosos e, mais tarde, motéis. Menos mal, para Jaime, que Priscilla pediu a separação logo a seguir.

... Quando Elisa ia se inscrever para o concurso, as brigas começaram; ele não aceitava que ela quisesse disputar um emprego que a levasse à possibilidade de mudar-se de estado ou até de país, ainda mais com possibilidade de salário bem superior ao dele. Insistia com ela que ele próprio iria retomar os estudos para conseguir emprego melhor; que ela deveria procurar emprego num escritório de advocacia local, esquecer o Itamaraty. Foi um inferno, e ele acabou vencendo, tal a carga de chantagem emocional que engendrou; insinuou insistentemente que ela não o amava, e que por esta razão queria um emprego fora.
Depois de algum tempo, ela realmente conseguiu trabalho num escritório de advocacia, igualmente mal remunerado; ele não voltou a estudar e até hoje vivem com dificuldades. Tempos depois, segundo seus amigos, era patente o aspecto de frustração na expressão de Elisa, e a infelicidade do casal.

... Camila entrou em pânico, aceitar o convite para filmar significaria muito para sua carreira, o filme já tinha distribuição garantida em muitos países, era uma produção caríssima, que seria muito divulgada e respeitada. O papel daria ainda mais versatilidade a seu perfil de atriz, ampliando seus horizontes. E ela não poderia deixar de pensar também no cachê, bastante alto.
Mas aceitá-lo seria uma possibilidade de problemas para sua relação com o marido. Ele poderia sofrer de ciúmes, ou julgar-se humilhado pela exposição pública das cenas. Poucos homens poderiam alcançar tamanho desprendimento. Camila sabia que Felipe tinha dificuldades para assistir até às cenas românticas dela nas novelas da TV, mas reconhecia que ele a incentivava apesar disto, e sempre fora grata.
Decidiu acalmar-se e reunir-se com ele para expor a situação. Felipe respirou fundo ao final da exposição. Silenciosamente contou até mil. Quando tinha certeza de estar com o controle de toda a sua estrutura emocional, falou sobre sua confiança nela, sobre o respeito que nutria por sua carreira e na importância que reconhecia na possibilidade daquele filme para esta carreira. Disse ainda que as cenas de nudez e sexo certamente seriam tão difíceis para ele assistir, quanto para ela fazer; que por esta razão, ela deveria pensar apenas nela mesma para tomar sua decisão, e que, no caso de aceitar, ele se sentiria orgulhoso.
 ... É, meu amigo, sexo faz parte de sua relação com ela, e vocês não podem se esquecer disto. Mas, será que você está sabendo fazer uso desta prerrogativa? Ninguém quer ser usado; ninguém aceita ser apenas um instrumento de prazer para outra pessoa satisfazer-se; ninguém se presta a ser um objeto disponível, para ser simplesmente usado a hora que desejar, depois descartado. Ela não é sua propriedade, você não pode julgar-se no direito de usá-la sexualmente quando quiser, nem deixar de estar atento às necessidades dela.



... Dedique-se a dar-lhe prazer, estude seus pontos erógenos e explore-os, não se apresse, aqueça-a muito antes de penetrá-la. Quando, por exemplo, a penetração for se dar na posição do franguinho assado, no momento em que ela espera por ela, apenas passe o prepúcio de cima para baixo e de baixo para cima sobre toda a região, incluindo desde o ânus até o clitóris, massageando este último com ele. Depois, ela vai estar implorando para ser penetrada, mas ao invés disso aplique-lhe gostosa surra, com todo o pênis bem duro, sobre a mesma área. Sua parceira vai chorar, implorar a penetração, aí ela estará pronta para o ato, e você para garantir sua posição de macho absoluto da fêmea que ama.


... Marina, uma jovem belíssima, tinha uma fantasia que a atormentava, mas não tinha coragem de confessá-la ao marido. Excitava-se muito com a ideia de poder estar sendo observada enquanto transava; tanto, que costumava perder muito de sua excitação quando o marido certificava-se de fechar as cortinas antes de irem para a cama. A coisa tornou-se mesmo problemática quando ele, supondo que a mulher tivesse algum tipo de frigidez com ele, passou a procurar prazer em outras, criando um clima que por pouco não terminou em divórcio.


... A esposa dele não trabalhava fora, cuidava da casa e dos filhos obedientemente. Um dia, o marido aventureiro saía de uma suíte de motel, no próprio bairro onde morava, quando, ao parar atrás de um carro com outro casal que aguardava a liberação junto à recepção, distinguiu perfeitamente a esposa no assento do carona, ajeitando os cabelos no espelho do quebra-sol. Alucinado, saiu do carro, foi até lá e se pôs a chutar e socar a porta e o pára-brisa do carro aos berros. A garota que estava com ele, sem entender nada, acudiu também, tentando contê-lo. Foi um fuzuê. Até a polícia foi chamada; escândalo no bairro suburbano.


... A tragédia amorosa de Marcelo poderia ter sido evitada, com informação e diálogo, além de um firme propósito de apoio e compreensão por parte do homem e de abertura sincera por parte da mulher. Não acredito que muitos homens se negariam a compreender e apoiar sua mulher, caso ela o chamasse para um diálogo e discussão sobre seu problema com a TPM. Como elas têm quase sempre algum resquício de vergonha de abordar estes temas, tome a iniciativa você mesmo, mas tome o cuidado de fazê-lo mais ou menos uns cinco dias depois da menstruação, para não levar um cruzado de direita no queixo.


... Horácio não pensava assim; impunha decisões à mulher, Cláudia, sobre qualquer tema, desde o destino de um final de semana até a cor da próxima pintura da sala de estar. Também se exasperava com ela a qualquer momento em que a considerava errada; julgava e a condenava a aturar sua zanga.
Ai dela se ousasse discordar de qualquer coisa que ele determinasse; não há comprovação, mas acredita-se que até ameaçava espancá-la. Era desagradável para os amigos estar na companhia do casal, os destemperos dele eram constantes e agressivos demais. Acabavam todos apiedados dela, ninguém ousava aconselhá-la por temor às reações dele, caso ela se rebelasse.


... Maria Luísa gostava muito de seu marido, Péricles, mas não com o mesmo entusiasmo de quando haviam se conhecido e namorado, anos antes. Surpreendia-se constantemente com suas atitudes e invariavelmente pagava o pato, sendo obrigada a suportar seu imenso mau humor. Uma vez, teve a ideia de preparar-lhe um belo jantar exótico e romântico para tentar criar um clima melhor entre os dois. Pesquisou na internet até escolher o cardápio e onde encontrar os ingredientes, preparou cada detalhe com esmero, teve todos os cuidados para não errar na execução das receitas.
Na noite da sexta-feira que escolheu para a surpresa, arrumou a mesa com o que dispunha de melhor, acendeu velas em castiçais, escolheu a música, vestiu-se como se fosse a uma festa, aromatizou o ambiente.
Péricles chegou mais tarde do que o normal, mas as velas ainda iam pela metade. Para começar, não percebeu, ou não elogiou, e nem sequer mencionou a produção pessoal de Maria Luísa.
Quando deparou com a mesa posta, a primeira coisa que fez foi reclamar do aroma no ambiente. Depois, sorriu e comentou alguma coisa sobre a arrumação, que poderia até ser tomada como um elogio, vinda dele.
Na hora do prato principal, um faisão com castanhas, o tempo fechou. Péricles começou por reclamar do dinheiro que ela teria despendido com toda aquela “besteira”, em que se incluía o fino vinho escolhido, e completou afirmando que teria preferido uma peixada.
Depois de regalar-se até a sobremesa, tomou Maria Luísa pelo pulso e puxou-a para o quarto, onde a mandou despir-se dizendo: “P’ra fazer um jantarzinho como aquele é porque a minha mulherzinha ‘tá querendo uma boa pirocada, tira logo esta roupa aí, que já vou te dar!”


... Sílvia explicou que, logo que percebera o assédio, tentara fazer com que o colega desistisse de ir adiante, apenas adotando uma postura mais austera em relação a ele. Contou que isso não surtira efeito, que ele prosseguira e passara inclusive a ser mais direto, escrevendo-lhe uma primeira mensagem. Nesse momento, ela decidira abordá-lo e dizer abertamente que o apreciava como colega, que o achava mesmo um homem interessante, mas que era muito feliz com o marido e que não tinha o menor interesse em viver aventuras.
Renato perguntou então se ele acatara sua colocação. Ele procurava manter, o tempo todo, uma atitude imparcial e serena, embora estivesse em chamas por dentro. Sílvia respondeu que não. Contou que o intruso passou a insistir ainda mais, que se confessou apaixonado. Renato perguntou se ela gostaria que ele a defendesse, se desejava que ele procurasse o colega para falar-lhe diretamente. Sílvia declinou e emudeceu por alguns instantes. Conhecendo a mulher, percebeu que havia algo que ela queria dizer, mas não encontrava coragem. Ele respirou fundo, pediu a seu anjo da guarda que o ajudasse a permanecer sob controle, depois perguntou se ela estava se sentindo envolvida pelo colega.

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